quinta-feira, 24 de outubro de 2013

Orientação sobre o estilo de vida é o mesmo para pessoas diabéticas e saudáveis

Fatores de estilo de vida que aumentam o risco de doença e encurtam a vida se aplicam aos diabéticos da mesma forma que ao público em geral. Esta foi a sugestão de um estudo realizado por pesquisadores alemães e publicado na revista científica "Diabetologia".

Cientistas do Instituto Alemão de Nutrição Humana Potsdam-Rehbruecke formaram uma coorte de 6.384 diabéticos e 258.911 controles entre os participantes do estudo EPIC (European Prospective Investigation into Cancer and Nutrition). Com a ajuda de modelos de computar, eles pesquisaram a relação entre mortalidade e fatores de risco como IMC, diversos itens alimentícios e atividade física.
Essencialmente, o índice de mortalidade foi mais alto entre os diabéticos do que na população em geral. No entanto, a associação entre os diferentes fatores de risco e a mortalidade manteve o mesmo sentido nos dois grupos. As recomendações dadas ao público em geral no sentido de um estilo de vida saudável são, portanto, tão válidas quanto para os diabéticos. Eles provavelmente tiveram ainda mais benefícios com a dieta saudável e repouso, de acordo com os autores do estudo.

Fonte: Univadis

Ácidos graxos omega 3 podem reduzir o risco de pequenos infartos cerebrais

Os ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa omega 3 podem reduzir o risco de pequenos infartos cerebrais no idoso, de acordo com um estudo conjunto norte-americano e finlandês publicado no "Journal of the American Heart Association".
Para o estudo, 3.660 pessoas com 65 anos de idade ou mais foram submetidas a exames de imagem do cérebro para detectar os chamados infartos silenciosos do cérebro ou pequenas lesões cerebrais que podem causar a perda da capacidade de raciocínio, demência e AVC. Os exames foram repetidos após cinco anos em 2.313 dos participantes. Os pesquisadores descobriram que os infartos cerebrais silenciosos ocorreram em cerca de 20% dos idosos de outra forma saudáveis.
Jyrki Virtanen da Universidade do Leste da Finlândia em Kuopio, o pesquisador principal Darius Mozzafarian, da Universidade de Washington em Seattle e seus colegas descobriram que aqueles que tinham um conteúdo alto de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa omega 3 no sangue apresentavam um risco cerca de 40% mais baixo de apresentar pequenos infartos cerebrais. Essas pessoas também apresentaram menos alteração na massa branca do cérebro.
O alto conteúdo de ácidos graxos poli-insaturados de cadeia longa omega 3 no sangue é um marcador da alta ingestão de peixes gordurosos, de modo que os resultados desse estudo dão respaldo aos efeitos benéficos do consumo de peixe sobre a saúde cerebral, de acordo com os autores.

Fonte: Univadis

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Tylenol causa 150 mortes por ano nos EUA, diz ONG

Um levantamento feito pela organização sem fins lucrativos Pro Publica, dos EUA, mostra que, de 2001 a 2010, cerca de 150 americanos morreram por ano por intoxicação após o consumo de paracetamol, princípio ativo do analgésico Tylenol.
Segundo a Pro Publica, que consultou dados dos CDCs (Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA), essas mortes ocorreram por ingestão acidental de doses maiores do que as recomendadas na bula.
O problema, diz a organização, é que a diferença entre a dose máxima por dia para adultos (4 g) e a quantidade que pode causar danos ao fígado é pequena, facilitando a overdose acidental.
Outro problema é que a FDA (agência reguladora de remédios nos EUA) demorou muito para incluir na bula alertas importantes sobre o uso da droga, em especial para pessoas que bebem álcool regularmente ou tomam outros remédios.
FÍGADO
O paracetamol é metabolizado no fígado. Em caso de doses excessivas ou de pessoas desnutridas, que bebam álcool regularmente ou que tomem outros remédios, esse metabolismo produz uma substância tóxica que pode levar à falência hepática.
No Brasil, segundo o hepatologista Raymundo Paraná, não há dados sólidos sobre intoxicações por paracetamol, mas a Sociedade Brasileira de Hepatologia está iniciando um estudo em oito centros de referência para doenças do fígado e em uma unidade básica de saúde para medir sua ocorrência.
O hepatologista, que é professor da faculdade de medicina da UFBA (Universidade Federal da Bahia), afirma que a dose máxima do remédio deveria ser reduzida de 4 g por dia para 3 g.
"É uma droga segura, mas se usada no limite terapêutico. Até 3 g por dia não causa problemas. Entre 3 g e 4 g já houve casos [de intoxicação] em pacientes que usavam outras medicações."
Ele destaca que o efeito colateral causado pelo paracetamol é previsível e proporcional à dose tomada, diferentemente dos problemas que podem ocorrer com o uso do analgésico que encabeça a lista dos remédios mais vendidos no Brasil, a dipirona.
A droga já foi ligada a um problema raro que leva a medula óssea a parar de produzir células de defesa. Nos EUA e em alguns países da Europa, a dipirona não é vendida.
Já para Aurélio Saez, diretor de relações institucionais da Abimip (associação de fabricantes de remédios isentos de prescrição), o fato de o Brasil e outros países onde a dipirona é vendida não terem números tão grandes de intoxicação por paracetamol fala a favor da dipirona.
Mas ele lembra que nos EUA e em outros países com altas taxas de intoxicação por paracetamol, é comum o uso desse remédio em tentativas de suicídio.
OUTRO LADO
Em nota, a Johnson&Johnson, fabricante do Tylenol, afirma que, quando usado de acordo com a bula, o paracetamol tem "um dos melhores perfis de segurança entre os analgésicos isentos de prescrição". Mas, como qualquer remédio, pode trazer riscos acima das doses recomendadas. "Os consumidores devem sempre ler a bula, não ingerir mais do que a dose recomendada e seguir sempre a orientação de um médico."
À Pro Publica, a FDA admitiu que houve demora em acrescentar alertas às bulas do Tylenol, mas que isso foi feito conforme a evolução das evidências científicas.

Fonte: Folha de S.Paulo

sexta-feira, 11 de outubro de 2013

Exercício físico pode substituir a medicação em doenças comuns

Já se sabe que o exercício físico é saudável – e também que a maioria dos adultos não se exercita o bastante. O treinamento regular para combater doenças comuns pode ser tão eficaz quanto tomar medicamentos. Este é o resultado de um metaestudo publicado no site "bmj.com".

Pesquisadores da London School of Economics, da Faculdade de Medicina de Harvard em Boston e da Universidade de Stanford compararam 305 estudos randomizados que incluíram 339.274 participantes. O efeito do esporte foi examinado em comparação com as intervenções medicamentosas sobre a mortalidade na prevenção secundária de doenças cardíacas coronarianas, na reabilitação do AVC, no tratamento da insuficiência cardíaca e na prevenção do diabetes.
Os cientistas descobriram que não há diferenças significativas entre a eficácia do exercício físico e a medicação na prevenção do diabetes e das doenças cardíacas coronarianas. Em pacientes de AVC, o exercício físico foi ainda mais eficaz que a medicação. Somente no tratamento da insuficiência coronariana os medicamentos diuréticos foram mais úteis do que o exercício físico e outras drogas.
Mais estudos são necessários, de acordo com os autores. Mas eles enfatizam que, "nos casos em que as opções medicamentosas proporcionam somente modesto benefício, os pacientes merecem saber qual o impacto relativo da atividade física sobre a doença".

Fonte: Univadis

Yoga na menopausa pode reduzir a insônia

Na menopausa, muitas mulheres sofrem de insônia, ondas de calor e sudorese noturna. O treinamento regular de yoga pode pelo menos melhorar a falta de sono, de acordo com um estudo norte-americano apresentado na revista científica "Menopause".
Para o estudo conduzido pelo Instituto de Pesquisas de Saúde em Seattle, 249 mulheres foram divididas em diversos grupos. Um grupo participou em um programa de yoga de doze semanas, um em um programa de exercícios normal e outro não participou de nenhum dos treinamentos. Algumas participantes também utilizaram suplementos com omega 3.
Os cientistas descobriram que tanto o grupo de yoga como o submetido a exercícios normais foram associados a uma leve melhora do sono, menos insônia e menos depressão. Contudo, somente o elo entre yoga e melhora do sono foi estatisticamente significativo. Os suplementos com omega 3 não tiveram nenhum efeito sobre as ondas de calor, episódios de sudorese noturna, sono ou afeto.

Fonte: Univadis

Medicamento para tratamento do câncer de mama é aprovado nos EUA

A Food Drug Administration (FDA) dos Estados Unidos aprovou o primeiro medicamento a ser utilizado na fase de tratamento precoce do câncer de mama. “Perjeta” será usado como parte de um regime de tratamento completo para os pacientes antes da cirurgia (de retirada do tumor ou da mama).
O câncer de mama é a segunda principal causa de morte por doenças entre as mulheres no país.
Na União Europeia, o medicamento foi aprovado em 2012 para o tratamento de pacientes com câncer de mama avançado ou em estágio avançado (metastático).
Estima-se que 232.340 mulheres serão diagnosticadas com câncer de mama no mundo e que 39.620 morrerão da doença em 2013, segundo o Instituto Nacional do Câncer.
Os resultados de um novo estudo do Instituto de Pesquisa do Câncer, em Londres, e da Universidade de Dundee destacaram "falhas críticas" na pesquisa sobre a doença na mama, enfatizando a necessidade de uma ação imediata. "Estamos ansiosos para trabalhar com as autoridades de saúde em todo o mundo para explorar outras maneiras de trazer medicamentos promissores para os pacientes com mais rapidez", afirmou o diretor-médico e chefe de Desenvolvimento de Produto Global da Roche (a empresa por trás "Perjeta"), Dr. Hal Barron.
Sob o programa de aprovação acelerada da FDA , os pacientes têm acesso aos medicamentos promissores para o tratamento de doenças graves ou com risco de vida, enquanto ensaios clínicos confirmatórios são conduzidas.
"Perjeta" pode ser prescrito para pacientes com câncer de mama HER2- positivo na fase avançada, inflamatória ou inicial (tumor maior que 2 cm de diâmetro ou com linfonodos positivos) que apresentam alta possibilidade de, depois de retirados, retornar ou se espalhar (metástase), ou de causar a morte.
O remédio é para ser usado em combinação com a quimioterapia antes da cirurgia e, dependendo do esquema de tratamento utilizado, pode ser seguida por quimio após a operação. O medicamento deve ser tomado até um ano depois do procedimento. Os efeitos colaterais mais comuns relatados em participantes foram a perda de cabelo, diarréia, náuseas e uma diminuição da infecção de combate a células brancas do sangue. Pode acontecer também uma diminuição da função cardíaca, reações relacionadas à infusão, reações de hipersensibilidade e anafilaxia.

Fonte: Portal O Tempo

quarta-feira, 9 de outubro de 2013

Pacientes diabéticos tipo 2 são beneficiados por um café da manhã grande

Um café da manhã rico em gordura e proteína oferece mais benefícios às pessoas com diabetes tipo 2 do que um café da manhã menor com baixas calorias, de acordo com um estudo israelense apresentado no encontro anual deste ano da Associação Europeia para o Estudo da Diabetes (EADS) em Barcelona.




Em um estudo randomizado, controlado e com metodologia aberta, pesquisadores da Universidade de Tel Aviv e da Universidade Hebraica de Jerusalém analisaram os efeitos de dietas diferentes com um café da manhã grande ou café da manhã pequeno sobre a glicemia e perfil hormonal de 59 participantes (33% versus 12,5% da ingestão calórica total diária), incluindo adultos com sobrepeso/obesos e diabéticos tipo 2 não insulino dependentes. A dieta com um café da manhã grande incluiu uma porcentagem maior de proteína e gordura. As medidas antropométricas foram avaliadas a cada 2 semanas.
Ao fim do acompanhamento, foram observadas reduções maiores de HbA1c e pressão arterial sistólica (PAS) no grupo com um café da manhã grande. Além disso, as doses de medicação antidiabética foram reduzidas em maior proporção entre os pacientes no grupo com café da manhã maior (31% versus 0%), enquanto no grupo com café da manhã pequeno, uma proporção maior de participantes teve a dosagem da medicação antidiabética aumentada (17% versus 3%). Os escores de fome foram mais baixos no grupo com um café da manhã grande e foi observada uma melhora mais relevante na glicemia de jejum no grupo com um café da manhã grande.
"A simples manipulação dietética da dieta com um café da manhã rico em proteína e gorduras parece trazer benefícios adicionais em comparação com a dieta convencional de baixa caloria em indivíduos com diabetes tipo 2", disse a autora do estudo, Daniela Jakubowicz. Os cientistas concluem que mais pesquisas são necessárias para confirmar e esclarecer os mecanismos pelos quais essa abordagem dietética relativamente simples alcança tais resultados benéficos.
Fonte: Univadis